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Abstract - The Art of Design | DISSECANDO #1
13.4.17
Opa, tudo bom?
Para você que não me conhece, sou o ElRoh! E este é o meu primeiro texto aqui na EM PIXEL, e essa é a primeira matéria da série DISSECANDO onde filmes e séries serão discutidas e apresentadas. E para começar bem vamos de:
Título: Abstract: The Art of Design
Produzido em: 2017
Dirigido por: Elizabeth Chai Vasarhelyi, Morgan Neville, Richard Press e Sarina Roma
Dirigido por: Elizabeth Chai Vasarhelyi, Morgan Neville, Richard Press e Sarina Roma
Recentemente a Netflix criou uma série fantástica, Abstract, The Art of Design que é sem dúvida alguma a melhor série da atualidade sobre arte, design, criatividade, força de vontade e muita, mais muita coragem. Contendo o total de 8 episódios, cada um em torno de 40-45 minutos. A série nos apresenta a 8 artistas (não impliquem com o termo artista) consagrados, que nos contam sua trajetória de vida, sua visão de mundo e suas filosofias.
>> Ordem dos episódios <<
- Ilustrador
- Designer de tênis
- Cenógrafa
- Arquiteto
- Designer de Automóveis
- Designer Gráfica
- Fotógrafo
- Designer de Interiores
>> CRIATIVIDADE <<
Em seu primeiro episódio, entramos na vida do ilustrador e designer Christoph Niemann, com mais de 20 capas feitas para a revista americana New Yorker. E logo de cara nos apaixonamos pelo trabalho artístico que os diretores empregaram neste episódio, pois conseguem captar em todos os ângulos a personalidade do artista. Dando ênfase nos momentos certos da narrativa, e durante os momentos de explicação do seu ponto de vista. Os cenários variam entre seu escritório, a cidade onde vive, Berlim, e por vezes em New York, e o escritório da revista.
Christoph é muito divertido e descontraído, e toda a narrativa visual do episódio é construída em cima de suas ilustrações, animações e do projeto que estava criando, uma capa de revista com realidade aumentada. Niemann possuí vários livros já publicados. Um de seus trabalhos mais conhecidos é o livro Abstract City, onde exibe seus trabalhos para a New Yorker. Além de possuir uma grande variedade de livros infantis.
Vale muito a pena assistir, só esse ep já nos deixa imerso nas possibilidades criativas tanto da produção audiovisual, quanto das possibilidades de cada carreira que a série exibe.
E quando falamos de solucionar problemas, Tinker Hatfield, nos serve como um bom exemplo. Os recursos visuais deste episódio são suaves, bem detalhados durante os momentos de diálogo e assim como o anterior reflete muito da personalidade e estilo de trabalho do designer. Como no primeiro episódio, este segue uma fórmula base para desenvolver a história de Tinker, começando com a sua juventude e seus desejos para o futuro, e suas inspirações e as pessoas que lhe ajudaram na sua saga de criar tênis tão badalados e nunca vistos antes no mercado, seja pela tecnologia ou pela aparência moderna e estilosa.
Um dos episódios que mais me chamou a atenção e me cativou foi a da Cenógrafa Es Devlin, todo o documentário me passou a sensação de estar diante de um palco e em frente a uma intervenção urbana. Todo o desenvolvimento deste episódio traduziu o processo intenso de criatividade que ela tem em cada trabalho. Sua linha de pensamento é metódica, logo, Es descreve alguns passos para criação de cenários que ela pratica e que definitivamente é como trabalhar pensando em poesia:
- Espaço - É o ambiente e as lacunas entre uma ação e outra dentro do palco.
- Iluminação - É quando a luz é distorcida, interrompida e projetada.
- Escuridão - É mais um momento de iniciação, colocado estrategicamente para causar emoção nas pessoas
- Proporção - Serve como recurso para destacar o artista ou um objeto em específico.
- Tempo - "O tempo observado pelo público". Aqui é quando a obra ao ser exposta adquire um tom único toda vez que reflete a luz e projeções de maneiras diferentes, com diferentes efeitos sonoros e pessoas vivendo aquele momento.
"As coisas que crio não são coisas, são o tempo que as pessoas passam em companhia dessas coisas".
>> VEJA, NÃO ESPERE MAIS <<
No restante da série, percebemos como todos esses artistas possuem características semelhantes, seja pela vontade de se expressar artisticamente buscando experimentar técnicas e estilos que não seja pelo trabalho do dia a dia, a fim de exercitar a sua criatividade e se sentirem relaxados em momentos de estresse e tensão, quanto por todos demonstrarem que cometem erros as vezes, e que sempre procuram corrigi-los, se auto-aperfeiçoarem e superam as expectativas as quais são colocados. Mas, nem todos seguem uma mesma trajetória, cada um possuí sua história, sentimentos e um estilo de vida diferente e que reflete de modo único em cada trabalho, por exemplo, na vida de Bjarke, o Arquiteto do 4 episódio. Que apesar de ter se tornado o que é hoje, não concluiu a faculdade, saindo após algum tempo. Em todas as suas obras ele procura utilizar a sua mentalidade de "Sustentabilidade Hedonista", que é a fusão da Arquitetura com Ambientalismo, Causas Sociais e Diversão Pública.
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Até.
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