ComCiência, a exposição do presente e do futuro - Tecnologia e Arte

Em um mundo cheio de pré-conceitos onde as pessoas gostam de julgar o que é feio e belo, real e irreal, Patricia Piccinini , artista a...


Em um mundo cheio de pré-conceitos onde as pessoas gostam de julgar o que é feio e belo, real e irreal, Patricia Piccinini, artista australiana, desenvolveu um projeto perturbador e definitivamente atual, onde a primeira reação diante das peças é de repulsa ou de estranhamento, sensação essa, que logo é quebrada pela ternura e profundidade no olhar das esculturas.

Fomos conferir a exposição da artista no CCBB, e ficamos impressionadas não apenas com as obras hiper-realistas, mas com as ideias da autora sobre cada uma delas e seu grande interesse por tecnologia e genética.

A exposição leva o visitante a refletir sobre o futuro, o  presente, e acima de tudo, o que será que acontece em laboratórios pelo mundo? Que tipo de pesquisas estão sendo desenvolvidas? Animais estão sendo usados? Humanos? Eu particularmente me peguei pensando a exposição inteira sobre isso. O mundo não vive somente de teorias, vive de experiências.





Piccinini, trata também de dois pontos interessantes em suas obras, um deles é como o mundo interage tranquilamente com seres "monstruosos", isso remete ao fato de convivermos com a miséria e a guerra como situações comuns da humanidade. A tecnologia ofusca a obscuridade por trás de diversas situações, e nos torna mais egoístas buscando sempre vantagens para nossa sobrevivência e conforto em prol da vida de outros.

A segunda questão bastante abordada nas obras é a inocência e a ausência de pré-conceitos nas crianças, que sempre aceitam o diferente como algo normal ou extraordinário. Observe as obras abaixo e repare no olhar simples e de ternura das crianças:






"Quando aprendemos a estranhar ou a rejeitar outros seres? Durante a infância, somos mais abertos para o diferente. Aqui, um menino dorme tranquilamente abraçado a um ser que causaria repulsa a muitos adultos. Mas, ao mesmo tempo em que presenciamos a beleza da entrega, é impossível não se afligir pela criança, tão vulnerável ao lado de um animal criado em laboratório. Inspirado no vombate, um marsupial australiano, este ser carrega em suas costas diversos filhotes de outras espécies. É uma obra que nos faz pensar sobre o que consideramos normal e questionar: quem é o criador e que é a criatura?"


Todas as peças da artista tem uma variedade de materiais, que vão de silicone, fibra de vidro, desenho, pintura, animação, conhecimento cientifico, análise do comportamento humano, fotografia e vídeo.

Se você leu até aqui e ainda não visitou a exposição entre no site do ingresso rápido e solicite o seu. A entrada é franca, mas para evitar filas o visitante tem de retirar um ingresso com o horário e o dia da visita para poder entrar. Ao solicitar suas entradas no site, basta leva-las no celular mesmo, não é necessária a impressão, a entrada é liberada através da leitura do QRcode. 

Uma dica importante: não deixe de ler as informações disponíveis em cada andar, elas revelam características importantes sobre a obra e sobre as teorias da artista que podem ser chocantes e surpreendentes. E claro, vá a exposição antes das 18:00h, tem uma das peças - um bebê - que pode ser tocado, diferentemente das outras peças!

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MAYA

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* Todas as fotos @mayah_fernandes

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